segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Cipó
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cip%C3%B3


Município de Cipó

Fundação 8 de julho de 1931
Gentílico cipoense
Prefeito(a) Jailton Ferreira Macêdo (PT)
(2013–2016)

Localização
Localização de Cipó na Bahia

Localização de Cipó no Brasil
11° 06' 00" S 38° 31' 01" O11° 06' 00" S 38° 31' 01" O

Unidade federativa Bahia
Mesorregião Nordeste Baiano IBGE/2008 [1]
Microrregião Ribeira do Pombal IBGE/2008 [1]
Municípios limítrofes Tucano,Nova Soure,Itapicuru e Ribeira do Amparo
Distância até a capital 240 km
Características geográficas
Área 166,953 km² [2]
População 15 764 hab. IBGE/2010[3]
Densidade 94,42 hab./km²
Clima Não disponível
Fuso horário UTC−3

Indicadores
IDH 0,61 médio PNUD/2000 [4]
PIB R$ 48 989,536 mil IBGE/2008[5]
PIB per capita R$ 3 133,53 IBGE/2008[5]


Cipó é um município brasileiro do estado da Bahia. Sua população em 2007 era de 15.063 habitantes.


1 História
1.1 Histórico Turístico
2 Lenda de como surgiu o nome da cidade de Cipó
3 Referências


História Em 1730 O Padre Antônio Freire, donatário de uma sesmaria no sertão de Itapicuru de Cima, dirigiu uma representação ao Vice-rei do Brasil, a respeito da utilização das águas termais da região. Somente em 1829, porém o governo da Província mandou construir, pelo capitão-mor João Dantas, um estabelecimento de banhos nas fontes da Missão da Saúde, a um quilômetro da vila de Itapicuru, sendo concluídas as suas obras em 1833.

Já em 1831, a Lei provincial nº 186, mandava construir no lugar denominado Mãe-d’Água de Cipó, uma casa para abrigo dos doentes que procuravam aquelas fontes.

Anos depois, por volta de 1843, a Assembléia mandou construir outra casa que, tal a primeira, passou a chamar-se “Casa da Nação”. Muito tempo depois, as duas casas abandonadas, ruíram devido a uma enchente do rio Itapicuru. Várias tentativas foram feitas para a construção de um balneário, mas somente em 1928 foi concedida permissão para a exploração das águas, fato que ocorreu em 19 de março do mesmo ano. Esta data assinala o início do progresso de Cipó que, a 8 de julho de 1931, foi elevado à categoria de município por força de decreto estadual de nº 7.479. Em virtude desse decreto foram supressos e anexados ao seu território os municípios de Nova Soure, ao qual Cipó pertencia na situação de povoado, Ribeira do Pombal, Tucano e Ribeira do Amparo.

Em 27 de maio e 19 de setembro de 1933 e 18 de julho de 1935, pelos Decretos Estaduais nº 8.447, 8.643 e 9.600, respectivamente, os municípios de Tucano, Ribeira do Pombal e Nova Soure obtiveram autonomia. O município de Nova Soure, porém, perdeu toda a área necessária à formação do distrito sede de Cipó, que juntamente com território total de Ribeira do Amparo, que não logrou emancipação, formou o atual município de Cipó, ficando este, segundo a divisão administrativa do País vigente, composto de três distritos: Cipó, Ribeira do Amparo e Heliópolis.

Alguns anos depois, o governador do Estado, após verificar a situação de abandono em que permanecia o lugar, mandou concluir a rodovia Alagoinhas-Cipó e efetuar o levantamento semicadastral, com o objetivo de traçar o plano urbanístico da cidade.

Assim, em 16 de maio de 1935, Cipó era tornado Estância Hidromineral.

Histórico Turístico  Em 1906, o Coronel Genésio Sales, o qual sofria de úlcera estomacal, foi aconselhado por amigo a passar uma temporada no Sertão Arraial da Mãe d’Água de Cipó, para tentar curar-se do seu problema de saúde. Com a cura mandou construir perto da Fonte Termal, um chalé, que mais tarde, foi transformado em Hotel Termal.

Em 1926, Genésio Sales com o fim de chamar a atenção dos poderes públicos para aquelas águas, empreendeu uma arrojada viagem de automóvel de Alagoinhas a Cipó, a primeira que se fazia ao Nordeste do Estado. Não havendo estradas, seguiu o caminho das cavalgadas, em muitos trechos, mandava abrir estradas, alargar as existentes, para que o automóvel pudesse passar. Nos diversos povoados, os tabaréus, desconhecendo a existência de veículos sem tração animal, recebiam-no com grandes manifestações, faziam promessas e colocavam dentro do carro “vinténs” e “ex-votos”, o automóvel que era novo ao iniciar a viagem ficou bastante danificado. A imprensa de todos os estados do nordeste deu grande publicação ao acontecimento; anos depois, o governo do Estado mandou concluir a rodovia Alagoinhas-Cipó.


Em 1928 o chalé foi transformado no primeiro hotel da cidade por Genésio de Seixas Sales Filho, sob a denominação de Hotel Thermal e após receber em concorrência pública a concessão de uso das águas de Cipó, iniciou suas atividades profissionais, montando um serviço de assistência médica, para atender o povo do arraial e adjacências.

Em 19 de março de 1928 foi concedida permissão para a exploração industrial das águas. Nas fontes termais, onde havia quatro banheiros de palha, Genésio Sales construiu um moderno balneário, composto de uma piscina de água quente (na época a única existente no Brasil), um consultório médico, salas de espera e de tratamentos diversos, instalações sanitárias, “buvet” (chafariz para beber água termal) e dezessete banheiros, dos quais um era gratuito destinado aos pobres.

Em 1930, um bando chefiado por Lampião, o rei do cangaço, afastava os banhistas, causando grandes prejuízos, pois as pessoas o temiam, e por conseqüência disso, não apareciam para fazer uso das águas termais. Mais tarde, depois da morte de Lampião, a cidade voltou a atrair turistas, em busca de suas águas medicinais.

A 16 de maio de 1935, Cipó era tornada Estância Hidromineral, a partir de cuja época passou a exibir uma notável movimentação, tendo em vista o vertiginoso afluxo de veranistas.

Após esse acontecimento, o Rádium Hotel, de arquitetura art déco, foi inaugurado em 1938, o qual hospedava turistas de vários países. Anexo a ele havia um cassino, freqüentado principalmente por hóspedes.

Com o grande número de turistas que passaram a visitar a cidade de Cipó, foi construído em 23 de julho de 1952 o Grande Hotel, conhecido como Elefante Branco da Terra, inaugurado pelo Presidente Getúlio Vargas.

Sua estrutura grandiosa atraiu muitos turistas que, além de desfrutar dos jogos e bailes que o Cassino proporcionava na época, usufruíam também das cascatas e piscinas situada no subsolo do Grande Hotel, sem contar o grande parque de diversão para crianças.

Os hotéis estão hoje em sua maioria fechados. Entretanto, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional tem planos de identificar os edifícios da cidade para buscar algum tipo de proteção à rica arquitetura existente na cidade, notadamente no estilo art déco.

Lenda de como surgiu o nome da cidade de Cipó:  Conta que um caçador andava pelas margens do rio Itapicuru. Nas suas andanças pelo sertão, atirou em direção de um pássaro que estava pousado numa árvore e então revoou um bando, o qual chamou atenção do mesmo, e ao chegar perto, ouviu um borbulho de água jorrando no solo de temperatura quente e gosto estranho. Assim, percebeu que naquele lugar havia enormes árvores de Cipó, um verdadeiro Cipoal.

O caçador ao seguir seu percurso em direção da cidade de Itapicuru da Missão, espalhou a notícia das águas descobertas e indicou a todos que a mesma estava na localidade de Cipó, no cipoal às margens do rio Itapicuru. Lenda à parte, vale citar aqui,no sentido de enriquecer detalhes sobre a história do municipio, o que nos relata o Poeta Raniery Caetano quando nos ensina que o gentílico CIPÓ tem origem no Tupy-guarani uma vez que CY = MÃE e YPÓ = ÁGUA, NASCENTE, FONTE... Para os primeiros moradores à margem do Rio Itapicurú, natural foi "aportuguesar" a palavra que na sua origem significava MÃE D"AGUA. Esta versão do poeta e estudioso da historia do municipio é incontestavelmente elucidativa no que se refere à origem real do nome da cidade.


Referências1.↑ a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.

2.↑ IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 dez. 2010.

3.↑ Censo Populacional 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.

4.↑ Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.

5.↑ a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 dez. 2010.

[Expandir]v • e Mesorregião do Nordeste Baiano

Microrregiões Alagoinhas • Entre Rios • Euclides da Cunha • Jeremoabo • Ribeira do Pombal • Serrinha

Municípios por microrregião

Alagoinhas Acajutiba • Alagoinhas • Aporá • Araçás • Aramari • Crisópolis • Inhambupe • Rio Real • Sátiro Dias

Entre Rios Cardeal da Silva • Conde • Entre Rios • Esplanada • Jandaíra

Euclides da Cunha Cansanção • Canudos • Euclides da Cunha • Monte Santo • Nordestina • Queimadas • Quijingue • Tucano • Uauá

Jeremoabo Coronel João Sá • Jeremoabo • Pedro Alexandre • Santa Brígida • Sítio do Quinto

Ribeira do Pombal Adustina • Antas • Banzaê • Cícero Dantas • Cipó • Fátima • Heliópolis • Itapicuru • Nova Soure • Novo Triunfo • Olindina • Paripiranga • Ribeira do Amparo • Ribeira do Pombal

Serrinha Araci • Barrocas • Biritinga • Candeal • Capela do Alto Alegre • Conceição do Coité • Gavião • Ichu • Lamarão • Nova Fátima • Pé de Serra • Retirolândia • Riachão do Jacuípe • Santaluz • São Domingos • Serrinha • Teofilândia • Valente

Brasil • Bahia • Mesorregião do Nordeste Baiano

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